terça-feira, 25 de maio de 2010

Greve no Ibama prejudica fiscalização do desmatamento na Amazônia


No início do período mais crítico de atividade das motosserras na Amazônia, quando param as chuvas na região, a greve de fiscais do Ibama iniciada em 12 de abril foi acompanhada de sinais de aumento de abate da floresta, segundo órgão ambiental do governo. "Infelizmente há uma relação entre o aumento do desmatamento e a greve, que acabou atrapalhando as operações", diz o coordenador de fiscalização do Ibama, Roberto Cabral Borges.

Das 60 operações planejadas para abril na região, apenas uma saiu do papel, ao lado de uma segunda operação, extra. Entre as 56 operações previstas para maio, quase 30 foram suspensas e 17 aconteceram ou ainda estão em curso.

Redd pode reduzir desmatamento na Amazônia em 50%


O desmatamento na Amazônia brasileira entre 2008 e 2019 poderia ser reduzido pela metade se fossem investidos cerca de US$ 6 bilhões (R$ 11,1 bilhões) em serviços de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação, conhecidos como Redd.
A pesquisa também simulou como seria feita a distribuição de renda em diferentes aplicações de Redd na Amazônia brasileira. "O serviço pode pagar um valor para todos ou, por exemplo, quem tem mais floresta poderia receber mais do que quem tem floresta degradada".
Levando em conta a questão financeira, a conclusão da pesquisa foi de que os pagamentos por serviços ambientais, se começassem a ser implantados agora, beneficiariam sobretudo grandes proprietários. Para os pesquisadores, grandes poprietários têm mais de 100 hectares de terras e suas áreas desmatadas são, geralmente, maiores do que 20 hectares. São eles, segundo a pesquisa, os responsáveis por 80% do desmatamento nos últimos anos.

terça-feira, 4 de maio de 2010

O homem e o meio ambiente

Com a evolução da raça humana, notaram-se importantes avanços na tecnologia das ferramentas, o rápido crescimento desta população, o agrupamento social em habitações e o surgimento das artes: o período cultural chamado Paleolítico Superior havia começado. Certamente, os humanos de então já haviam dominado a linguagem. Com o crescimento demográfico e, a partir da origem dos modernos seres humanos, inicia-se o processo de colonização de novos territórios. Povos alcançaram a Nova Guiné e Austrália, partindo da Indonésia há cerca de 40 mil anos e desenvolveram as características australóides isoladamente naquela região. Entretando, há controvérsias com relação à provável data do início da presença humana no Novo Mundo, que possivelmente se deu há cerca de 15 mil anos. Evidências genéticas lingüísticas e anatômicas dos modernos ameríndios, no entanto, sugerem cada vez mais que a primeira presença na América do Norte tenha ocorrido entre 30 e 40 mil anos atrás.
O impacto do homem sobre o meio ambiente depende de variáveis históricas, como o modo de produção, a estrutura de classes, os recursos tecnológicos e a cultura de cada sociedade ao longo do tempo. Os diferentes modos de produção surgidos ao longo da história sempre consideraram a questão de onde retirar matéria-prima como tendo uma única resposta: a natureza. A concepção de que os recursos naturais existem em quantidade ilimitada, possibilitando o crescimento contínuo das sociedades humanas remonta as sociedades pré-capitalistas e permanece em nossa concepção, causando danos irreversíveis à natureza.
A ação da espécie humana sobre o meio ambiente tem uma característica qualitativa única: possui um enorme potencial desequilibrador, pois as mudanças que provoca nem sempre são assimiláveis pelos ecossistemas, ameaçando assim a permanência dos sistemas naturais.
São quatro os fatores levantados por Lago e Pádua para isso:

1) Maior poder de raciocínio;
2) Capacidade técnica;
3) Densidade populacional;